As negociações de paz em Moçambique, suspensas desde o passado dia 27 de
Julho, são hoje retomadas com a participação dos mediadores internacionais.
A suspensão das negociações foi
justificada com questões logísticas.
As conversações entre o Governo
moçambicano e a Renamo, estão focadas no primeiro ponto da agenda, sobre a
exigência do principal partido de oposição de governar nas seis províncias onde
reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
Além da exigência da Renamo em
governar em seis províncias, a agenda de negociações integra a cessação
imediata dos confrontos, a despartidarização das Forças de Defesa e Segurança,
incluindo na polícia e nos serviços de informação, e o desarmamento do braço
armado da Renamo e sua reintegração na vida civil.
A Renamo não reconhece os resultados
das eleições gerais de 2014 e exige governar nas províncias de Sofala, Tete,
Manica e Zambézia, centro de Moçambique, e também em Niassa e Nampula, no
norte.
A região centro de Moçambique tem
sido atingida por episódios de confrontos entre o braço armado da Renamo e as
Forças de Defesa e Segurança, além de denúncias mútuas de raptos e assassínios
de dirigentes políticos das duas partes.
As autoridades atribuem à Renamo
ataques a unidades de saúde nas últimas semanas e emboscadas nas principais
estradas do centro do país, onde foram montadas escoltas militares obrigatórias
em três troços de duas vias.
Os mediadores internacionais
apontados pela Renamo são representantes indicados pela União Europeia, Igreja
Católica e África do Sul, enquanto o Governo nomeou o ex-Presidente do Botsuana
Quett Masire, pela Fundação Global Leadership (do ex-secretário de Estado
norte-americano para os Assuntos Africanos Chester Crocker), a Fundação Faith,
liderada pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, e o antigo Presidente
da Tanzânia Jakaya Kikwete.
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