O antigo Chefe do Estado moçambicano Armando Guebuza,
disse à Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia
da República que o seu Governo faria o mesmo hoje da mesma forma no aval
às dívidas ocultas, no valor de 2,2 mil milhões de dólares, avançou a Agência
Lusa.
“Qualquer governo responsável, nessas
condições, acredito que agiria como nós o fizemos, e, se tivéssemos que estar
nas mesmas condições e para tomar as mesmas decisões, considerando o
circunstancialismo descrito naquele momento, nós faríamos justamente da mesma
maneira hoje, em defesa da pátria amada e do maravilhoso povo moçambicano”, disse
Armando Guebuza, perante os deputados que integram a comissão.
Guebuza disse que a contratação dos empréstimos foi
feita de forma sigilosa em função de informação classificada na posse das
Forças de Defesa e Segurança, sobretudo os Serviços de Informação e Segurança
do Estado (SISE).
O antigo chefe do Estado Moçambicano disse ainda que com
os ataques dos Homens Armados da Renamo , era necessário assegurar a paz,
estabilidade e defesa da soberania e integridade nacionais.
Armando Guebuza lembrou perante os deputados da CPI
o seu passado histórico de nacionalista contra a dominação colonial portuguesa,
assinalando ter sido preso pela PIDE.
“Muito novo abandonei a família para me
juntar à Frelimo em Dar-es-Salam. A caminho, fui preso, devolvido ao país e
enviado à cadeia a mando da temível PIDE. Depois de sair, de novo fugi, para me
juntar à Frelimo, para combater e libertar a pátria. É pela pátria e com o
mesmo sentido de pátria que hoje vivo”, disse
Armando Guebuza.
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