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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Opinião: efeito de carta em impeachment de Dilma é nulo



A presidente afastada, Dilma Rousseff, em entrevista para o "New York Times" em Junho



Em um movimento final para tentar conter seu impeachment no Congresso, a presidente afastada, Dilma Rousseff, divulgou nesta terça (16) carta aberta aos senadores em que defende a realização de um plebiscito sobre novas eleições e uma reforma política. No entanto, para cientistas políticos ouvidos pelo UOL, as medidas sugeridas por Dilma não terão o menor impacto sobre os senadores, que decidirão se a presidente afastada mantém ou perde de vez o cargo em julgamento que deve ser realizado no fim do mês.



"O efeito disso para o Congresso é nulo. A possibilidade tanto política quanto jurídica de isso acontecer é praticamente nula", afirma o cientista político Marco Antônio Teixeira, da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas). "Mesmo na opinião pública, talvez não faça sentido mais, porque, por mais que existam pesquisas que mostrem que a maioria das pessoas preferiria a antecipação de eleições, você não tem uma pressão social por isso."



Segundo uma pesquisa feita pelo instituto Datafolha nos dias 14 e 15 de julho, 62% dos entrevistados se disseram favoráveis à renúncia de Dilma e do presidente interino, Michel Temer, e a posterior realização de novas eleições. No entanto, a possibilidade da dupla renúncia parece inexistente no momento, e os protestos que vêm tomando as ruas do país nos últimos meses pedem, em geral, a permanência ou a saída de Dilma -- e não um novo pleito.



Etapas difíceis



Com a proposta de plebiscito, o objetivo da presidente afastada é sensibilizar senadores indecisos. Mas, mesmo que consiga escapar do impeachment e leve adiante a ideia, há uma série de etapas de difícil cumprimento para uma presidente com escasso apoio parlamentar. A convocação de um plebiscito tem que ser aprovada por maioria simples no Congresso. Se a população decidir por eleições antecipadas, isso dependeria de alteração da Constituição, o que exige dois terços de aprovação parlamentar.

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